Informazione

LE GRANDI MERETRICI


Molto piu' semplicemente di ogni altra considerazione sul carattere
illegale e sulla maniera faziosa di procedere da parte del Tribunale "ad
hoc" dell'Aia, il governo jugoslavo per tramite del Ministro della
Giustizia Petar Jojic in una lettera-denuncia di 25 pagine ha definito
quella istituzione "criminale e composta da mercenari, spie, delinquenti
e servi della NATO e degli americani", mentre i "pubblici ministeri"
Louise Arbour e Carla dal Ponte "sono simboli di prostituzione in quanto
prendono soldi dai loro clienti per dar loro soddisfazione".

(Sul comportamento ignobile del Tribunale "ad hoc" dell'Aia si veda ad
esempio quanto da noi diffuso in
http://www.egroups.com/message/crj-mailinglist/237?&start=218 )

>
> STOP NATO: NO PASARAN! - HTTP://WWW.STOPNATO.COM
>
> Yugoslavia sends verbal abuse to U.N. War Crimes Court
> 12.36 p.m. ET (1648 GMT) May 24, 2000
> By Aleksandar Vasovic, Associated Press
> BELGRADE, Yugoslavia (AP) — In an unprecedented verbal attack laced
> with obscenities, the Yugoslav government lashed out today at the chief
> prosecutor of the international war crimes tribunal, calling her a
> prostitute in the service of the United States.
> Justice Minister Petar Jojic, in a 25-page open letter to The
> Hague-based tribunal, denounced the chief prosecutor, Carla del Ponte,
> as well as the entire tribunal, terming it illegal. He said Yugoslavia
> will never extradite suspects living within its borders — including
> the country's president, Slobodan Milosevic.
> "You are running the dungeon which, like the worst whore, you have sold
> out to the Americans and to which you bring innocent Serbs by force, by
> kidnapping and murder,'' the justice minister said of del Ponte in the
> letter.
> Del Ponte was traveling and was not immediately available for comment.
> Milosevic was indicted last year for atrocities committed by his forces
> during the 18-month crackdown on Kosovo Albanians, which ended after
> NATO's 78-day bombing campaign.
> Yugoslavia has recently accused the tribunal of being behind two
> clandestine arrests of suspects, which it said were snatched from
> Yugoslavia's territory in cross-border actions from neighboring Bosnia.
> The men had previously refused to surrender voluntarily.
> Yugoslav police recently arrested eight people accused of abducting and
> helping deliver suspects to The Hague.
> Jojic claimed del Ponte has "mean intentions'' and "sooner or later, you
> will have to face truth, your acts will be a matter of investigation and
> the last part of your rotten life you will spend behind bars. The Hague
> tribunal is an institution that merely carries out policies of the
> United States of America and other NATO countries.''
> The official, a member of the ultranationalist Serb Radical Party, said
> the tribunal is "not an international legal institution but a criminal
> organization that consists of mercenaries, spies, scumbags, America's
> and NATO's servants.''
> "You and your predecessor can symbolize prostitution as you take money
> from customers and do your best... to keep them satisfied,'' Jojic said,
> referring to del Ponte and her predecessor, Louise Arbour of Canada.
> "The Hague tribunal is a perverse institution that has nothing to do
> with international law.''


--------- COORDINAMENTO ROMANO PER LA JUGOSLAVIA -----------
RIMSKI SAVEZ ZA JUGOSLAVIJU
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* LE FORZE DELLA KFOR SE NE DEVONO ANDARE DAL KOSOVO
Intervista all'ambasciatore jugoslavo a Lisbona
(in lingua portoghese)

* L'UCK UCCIDE UN SERBO AL GIORNO
Intervista al responsabile del Centro per la Pace e la Tolleranza
di Pristina, a cura di M. Collon (in lingua inglese)


===

STOP NATO: NO PASARAN! - HTTP://WWW.STOPNATO.HOME-PAGE.ORG

FRY ambassador in Lisboa explains Yugoslav intentions of claiming
KFOR's leave.

---------

http://www.expresso.pt/ed1429/i264.asp?il
«Vamos exigir a retirada das forças internacionais»


A COMUNIDADE internacional não é capaz de controlar a situação no
Kosovo, diz o embaixador da Jugoslávia em Lisboa, Danilo Vucetic, que a
acusa de não querer discutir a questão-chave do futuro estatuto político
da
província. Se nada mudar, a Jugoslávia vai pedir a saída das forças
internacionais.
EXPRESSO - Um ano depois do início da guerra, a situação nos Balcãs
continua instável, e o Kosovo não está pacificado. Porquê?


Danilo Vucetic


DANILO VUCETIC - Sempre insistimos que a intervenção da NATO não
poderia resolver o problema do Kosovo, que era político e só por essa
via
pode ser resolvido. Os refugiados albaneses regressaram, mas foram
expulsos 300-350 mil pessoas, entre sérvios, ciganos, turcos... Há uma
limpeza étnica. No província, vivem hoje 30-40 mil sérvios, basicamente
no
Norte, na cidade de Mitrovica, e em enclaves.

EXP. - Como a explica?

D.V. - O desarmamento da organização separatista e terrorista, o dito
Exército de de Libertação do Kosovo (UCK), não foi levado a efeito, tal
como previa a resolução 1244 do Conselho de Segurança das Nações
Unidas, o documento base para a resolução do conflito do Kosovo. O UCK
foi transformado num Corpo de Protecção, que apenas camufla a sua
existência. O seu objectivo primordial mantém-se: um Kosovo etnicamente
limpo, um passo para a independência.

EXP. - O conflito tem-se extremado em torno da cidade dividida de
Mitrovica. Qual é a solução?

D. V. - Ninguém é a favor de cidades divididas. Mas não podemos falar da
preservação da composição multiétnica só numa parte da cidade, quando
no resto da província há limpeza étnica. É obrigação da comunidade
internacional cumprir a sua missão, e ela tem todas as condições para
influenciar o comportamento dos grupos extremistas albaneses e criar as
condições para que os refugiados regressem.

EXP. - Já houve contactos com Belgrado?

D. V. - Nunca, e é um dos erros. Prepara-se o recenseamento da
população, quando há 300-350 mil refugiados e sabe-se que 150 a 200 mil
pessoas entraram no Kosovo e não são cidadãos da província. As eleições
locais devem s
er organizadas com uma situação de segurança estabilizada. O chefe da
missão da ONU prepara uma Constituição, mas a propriedade das famílias
que foram obrigadas a fugir foi dada a outros. Não se fala da questão
chave, que
é o futuro estatuto político. Bernard Kouchner tenta cortar todos os
laços do Kosovo com a Jugoslávia e a Sérvia e prepara a situação para
eventualmente no futuro ser decretada a independência política.

EXP. - Que pretende a Sérvia para a próxima revisão do mandato da ONU?

D.V. - Se não for resolvido o problema da segurança, a Jugoslávia vai
exigir a retirada das forças internacionais do Kosovo. Há que fazer
alguma coisa. Qualquer solução que garanta a segurança é aceitável, só a
independên
cia é que não.

EXP. - E entrariam de novo as Forças Armadas Jugoslavas no Kosovo?

D.V. - Consideramos que podemos assegurar a paz e a segurança no Kosovo.
Talvez alguns elementos e o UCK queiram desafiar as forças de segurança.
Antes da entrada da NATO, havia problemas, mas a situação, do nosso
ponto d
e vista, era mais estável do que agora. Agora, no Sul da Sérvia,
praticamente repete-se o mesmo cenário: cria-se uma organização, os
membros chegam do Kosovo, do sector leste, sob controlo americano,
começam actos terrori
stas, atacam forças policiais, com o óbvio objectivo de limpar
etnicamente a região que fica ao lado do Kosovo.

EXP. - Prepara-se uma nova guerra?

D.V. - Temos dúvidas sobre o comportamento desses grupos albaneses. Há a
convicção que há certos interesses exteriores, que incitam à violência.
Em 1998, quando começaram os confrontos, não foram acções espontâneas,
mas e
m ligação com certos serviços no exterior. Agora, quando presença
internacional é tão forte, o facto de surgir uma organização que actua a
partir do Kosovo e que entra nessa zona, é obvio que o faz sob tácita
permissão de
ssas forças. Por causa disso, consideramos que factores internacionais
que estão incluídos na crise têm possibilidade de influenciar de maneira
determinante esses grupos. Porque permitem isto? Porque surge agora esse
movi
mento, quando a situação no Kosovo ainda não está estabilizada? É
território sérvio, temos o direito de combater o terrorismo, tal como
qualquer outro país.

EXP. - Mas a comunidade internacional acusa os extremistas de ambos os
lados de fomentar a tensão...

D.V. - Porque não se tem a coragem de dizer quem é responsável. Usa-se
uma explicação vaga, responsabilidade dos dois lados, mas não que a
responsabilidade é da parte albanesa. É fugir da realidade. E os
extremistas alban
eses interpretam esse comportamento como um apoio às suas ambições.

EXP. - Falemos do Montenegro, a quem a Sérvia decretou um bloqueio
económico. Porquê?

D.V. - As relações entre os dois membros da Federação não são ideais, há
divergências, mas é uma questão da política interna. Quanto ao embargo,
existem medidas dos dois lados, só que sente-se mais do lado do
Montenegro,
porque é mais dependente. A produção agrícola é muito importante para a
situação económica e social da Sérvia e por isso o Governo financia
certos produtos. No Montenegro, havia uma certa tendência para exportar
esses pro
dutos de primeira necessidade para outros países (Albânia, Bósnia,
Macedónia), a preços duas-três vezes mais elevados. Por essa razão
Belgrado limitou a exportação para o Montenegro, enviando apenas aquilo
que se consider
a ser suficiente e não como antes, em que se podia comprar tudo na
Sérvia e depois exportar.

EXP. - Mas a par do bloqueio económico, há questões ligadas à emissão de
programas televisivos que o Montenegro considera incitadores à tensão,
incidentes ligados à permanência e tipo de actividade do Exercito
Jugoslavo..
. A tensão está a ser levada até ao limite. Qual é esse limite,
sabendo-se que o Montenegro já fez saber que se não lhe for dado
determinado espaço de autonomia, poderá ir até à independência?

D.V. - O Montenegro é uma República que, segundo a Constituição, tem o
direito a fazer as suas opções dentro e fora da Federação. Não lhe posso
dizer qual será o resultado, mas há uma via constitucional a seguir. No
iníci
o de 1992, houve um referendo, no qual os montenegrinos optaram por
ficar na Jugoslávia. Poderá eventualmente haver um novo referendo. Mas
no Montenegro existe uma polarização sobre o assunto, os partidos falam,
há diverg
ências, e o Governo ainda não optou por essa via. Estamos próximo das
eleições, talvez elas clarifiquem o problema.

Quanto às Forças Armadas Jugoslavas, a sua presença no Montenegro é
totalmente legítima. O incidente de Podgorica, em que as FA ocuparam o
aeroporto, tem a ver com o facto de se tratar de um terreno que é sua
propriedade,
e onde se queria construir instalações para as forças de segurança do
Montenegro. As FA reclamaram a autorização do Governo federal para isso.
No fundo, são também problemas de uma Federação.

EXP. - A Federação jugoslava é particular, na prática só existe no
papel: o Governo federal governa na Sérvia, e o Governo do Montenegro
não aceita a sua autoridade...

D.V. - Temos um Governo federal chefiado por um montenegrino e diversos
ministros também. Ele tem maioria no parlamento federal. O governo do
Montenegro diz, todavia, que deve ser ele a designar o primeiro-ministro
federa
l. Não é uma situação feliz, é verdade.

EXP. - O Presidente jugoslavo, Slobodan Milosevic, aceitaria a
independência do Montenegro?

D.V. - Numa entrevista recente, Milosevic disse que o povo montenegrino
tem todo o direito de decidir o seu futuro, mas que temos uma
Constituição - que pode ser corrigida, mas que também deve ser
respeitada. A posição é
clara: o Montenegro é uma República, foi no passado um Estado
independente, tem o direito de decidir o seu futuro. Mas a situação no
Montenegro é complicada, há uma polarização sobre esse assunto. O
Presidente montenegrin
o, Milo Djukanovic, diz que boa parte dos cidadãos da república não
aceita a ideia da independência, o que tem de ser levado em
consideração. É uma análise realista. A situação ainda não está madura.

EXP. - Essa polarização passa pela fractura étnica entre sérvios e
montenegrinos?

D.V. - Não. No Montenegro há gente que se considera sérvia - é a velha
questão se existe ou não nação montenegrina. Oficialmente existe. É uma
polarização face à questão da independência ou não, e a população sérvia
não o
pode decidir. Num referendo, só poderiam votar os cidadãos do
Montenegro (sérvios e montenegrinos).

EXP. - Vai haver eleições na Sérvia. O Governo vai aceitar as
reivindicações da oposição?

D.V. - O calendário prevê para este ano eleições locais e federais e, em
2001, eleições na Sérvia. Não vejo agora sinais para eleições
antecipadas. Estou a interpretar aquilo que pressinto, não há
declarações oficiais.

EXP. - Permanece um mistério os sucessivos assassínios, o último deles o
ministro da Defesa. Como foi possível?

D.V. - Até agora não há resultados conhecidos da investigação. Foi um
atentado feito por profissionais e, por isso, também não é fácil
fazê-la.

EXP. - Qual é a situação económica da Sérvia?

D.V. - Muito complexa, mas poderia ter sido pior. Houve esforço muito
grande para reconstruir algumas infra-estruturas de primeira necessidade
e
enfrentar o Inverno. Reconstruíram-se pontes e centrais eléctricas,
estamos
agora na segunda fase. Achamos que a comunidade internacional deve
participar nessa reconstrução - há, aliás, uma queixa no Tribunal
Internacional, na qual a Jugoslávia reclama uma indemnização pelas
infra-
estruturas destruídas.

EXP. - A União Europeia diz que parte da sua ajuda não chegou aos
destinatários...

D.V. - A UE faz uma ajuda selectiva. Do ponto de vista ético, é difícil
de
aceitar que só se dê ajuda às Câmaras da oposição. Em princípio, essa
assistência não devia ser assim restrita. Mas esses problemas estão
normalizados.

L.M

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Via Workers World News Service
Reprinted from the March 23, 2000
issue of Workers World newspaper
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Interview in Kosovo
'Every day KLA terrorists kill a Serb'

Following are excerpts from an interview with Zoran Andjelkovic, head of
the
Center for Peace and Tolerance in Kosovo. Michel Collon, correspondent
of
Solidaire, the weekly newspaper of the Workers Party of Belgium,
conducted
the interview in Yugoslavia on Feb. 20. It was translated from the
French by
Paddy Colligan.


MC: Was your Center for Peace and Tolerance created to defend the Serbs?

ZA: No, it was set up earlier than that--during the summer of 1998--to
promote harmony among the various nationalities. Its first action, in
September 1998, was to bring humanitarian aid to Albanians fleeing from
the
region of Decani because of confrontations between the separatist KLA
and the
police. We helped them go back to their homes.

MC: And since NATO occupied Kosovo?

ZA: The Serbs no longer had anyone to help them, not the government, nor
the
army, nor the police. They could only turn to KFOR. But when they called
and
asked for help, the Albanian interpreters immediately hung up the
telephone.

MC: Are there still Serbs in Kosovo?

ZA: That varies by region. In the major cities of the south--Pec,
Prizren,
Decani--none. They have all been kicked out.

There are still a few villages that are completely isolated and
encircled.
And Orahovac, a big enclave, or let's call it a ghetto, where 2,000
Serbs are
shut in and cut off from everything. Yesterday I learned that they
burned
down two houses, right inside the enclave.

The KLA wants to eliminate them completely; the Serb population has been
cut
in half in recent months. Near Gnjilane in the American sector, there
are
still a few hundred Serbs in the villages. Yesterday two were killed.
They
were shot in the back trying to go to a gas station.

Forty thousand Serbs were living in Pristina, the capital. Now there are
scarcely 400, and they are forced to stay in their apartments because
there
have been a lot of murders.

Kosovska Mitrovica is now the only multi-ethnic city. It is the only
region
[about one-sixth of Kosovo] where the Serbs have managed to stay on. But
the
KLA wants to chase them out in order to complete "cleansing" the
province.

MC: Also because this region has the rich mines of Trepca?

ZA: Of course. The mines are in the southern sector [Albanian] of
Mitrovica.
But the processing plants, which are essential, are in the north. The
KLA
wants to control everything.

MC: NATO declared that it wants to establish a multi-ethnic Kosovo.

ZA: I think it would take a major effort to move towards a multi-ethnic
Kosovo. But they are not talking about a multi-ethnic Kosovo anymore.

[Interruption. He receives a call on his portable phone.] There it is!
KFOR
just took over the Serbian University of Mitrovica. They broke doors and
windows, destroyed documents. A big demonstration by the KLA has been
announced. I fear for the worst.

You know, there are people who were killed after I persuaded them to
stay.
That is terrible to live with.

MC: Doesn't KFOR protect the Serbs?

ZA: I took [British] General [Michael] Jackson to Serb gatherings many
times.
He listened to their grievances. But he has not taken care of one of
their
demands. KFOR would have been able to keep a lot of Serbs in Pristina
just by
protecting a hundred buildings. I asked him to. Jackson answered me: "I
don't
have enough soldiers to put in every building."

In reality, the decisions aren't made here, they are made in Washington.

MC: In sum, NATO hardly seems to be a "force for peace."

ZA: Today, no one is still talking about a political solution. But today
the
most basic rights of the Serbs are trampled on. Every day a Serb is
killed by
the KLA terrorists. Some 800 people have been kidnapped. How many of
them has
KFOR found? Not one.

MC: Is this because KFOR hasn't been able to control the KLA?

ZA: KFOR doesn't want to control the KLA. When the KLA was unable to
kick the
Serb workers out of the factories, it was KFOR itself that took care of
it.
It took control of the business "because of problems with the rules."

MC: Are the rivalries between the major Western powers being brought out
as
they try to corner the riches of Kosovo?

ZA: [Yes], the British, for example, have chosen to focus on the
electric
generating industry. Now they say that it would be too costly to invest
there
and they would rather appropriate the Mitrovica mines [in the French
sector].

MC: What do you see for Kosovo's future?

ZA: [After a deep sigh] No one can answer that.



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Riceviamo e diffondiamo il seguente articolo, apparso sul numero di
maggio di "A-Rivista Anarchica", a firma di Pino Cacucci sulla guerra
della NATO per il Kosovo.
Pur non condividendo i giudizi superficiali ed a-storici espressi
dall'autore su personalita' quali quelle di Stalin, Tito ed Hoxa, ne' le
analisi storiche affrettate ed imprecise sui momenti cruciali della
Guerra Fredda, riteniamo che il testo contenga una serie di elementi di
conoscenza sul separatismo kosovaro-albanese e sull'operato occidentale
che meritano di essere riproposti anche se certamente gia' noti almeno a
chi segue il bollettino del CRJ sin da tempi "non sospetti"... CRJ

---

Kosovo, ovvero: come la Nato realizzò il sogno di Enver Hoxa. Se mai
volessimo l'ennesima conferma storica che stalinismo e nazismo traggono
linfa da radici comuni, l'Uck sarebbe l'esempio odierno più concreto.
Viviamo in un'epoca nella quale sia il progetto di Hitler - dominare il
mondo - che quello di Stalin - controllare cuori e menti degli esseri
umani
- sono stati portati a compimento non da una singola nazione o alleanza
di
stati, bensì dal coacervo di imprese transnazionali che chiamano questo
incubo "globalizzazione", mentre il mezzo con cui lo concretizzano, il
"neoliberismo", è in sé una contraddizione in termini: mai il mercato è
stato meno libero, perché ferreamente controllato e spietatamente
escludente, capillarmente a senso unico (come sostiene da anni Noam
Chomsky, "il neoliberismo è una ricetta i cui propugnatori impongono
alle
proprie vittime ma si guardano bene dall'adottare").
Tornando agli albori di quello che , all'apparenza, sembrerebbe un
assurdo
storico - la convergenza di intenti tra il dittatore staliniano Hoxa e
la
Nato - va ricordato che l'Uck è in fondo una creatura del dittatore
albanese deceduto nel 1985, fu lui a vagheggiare la "Grande Albania" -
sebbene il progetto fosse già caldeggiato dal governo collaborazionista
durante l'occupazione fascista - e a organizzare, armare e sovvenzionare
il
primo nucleo di "guastatori" kosovari albanesi, negli anni che lo
vedevano
acerrimo nemico di Tito e della Yugoslavia fermamente antistalinista
(anche
se per motivazioni tutt'altro che libertarie...). La memoria cortissima
dei
nostri mezzi d'informazione ha ignorato alcuni illuminanti reportage
pubblicati in epoca non sospetta dal... "New York Times", cioè lo stesso
giornale che più tardi avrebbe capeggiato la campagna in favore
dell'intervento "umanitario". Nel 1982 l'inviato David Binder descriveva
una situazione con termini sorprendentemente simili rispetto a quella
che
diciassette anni dopo avrebbe scatenato la guerra, ma diametralmente
opposta: la minoranza serba risultava vittima di ogni sorta di soprusi
da
parte della maggioranza albanese, mentre il governo centrale si guardava
bene dall'intervenire per non alimentare il nazionalismo di entrambe le
parti e non fornire pretesti alla bellicosità di Tirana. Scriveva Binder
il
9 novembre dell'82, dopo l'ennesima aggressione con tentativo di
bruciare
vivo un bambino serbo: "Incidenti di questo genere hanno spinto molti
degli
abitanti del Kosovo di origine slava a fuggire dalla provincia,
favorendo
così la richiesta dei nazionalisti di un Kosovo etnicamente puro e
albanese. Secondo le stime di Belgrado, 20.000 serbi e montenegrini
hanno
abbandonato per sempre il Kosovo dopo i tumulti del 1981". Riguardo i
quali, il NYT del 28 novembre pubblicava quanto segue: "In una spirale
di
violenza iniziata con gli scontri all'università di Pristina nel marzo
1981, un gran numero di persone sono state uccise e centinaia ferite.
Con
frequenza settimanale, si sono registrati casi di stupri, incendi,
saccheggi e sabotaggi con lo scopo di espellere dalla provincia gli
slavi
ancora rimasti nel Kosovo". Nel 1986 un altro inviato, Henry Kamm,
riportando il clima di aggressione ai danni degli "slavi" (serbi e
montenegrini) sottolineava che le "autorità comuniste locali, di etnia
albanese" coprivano i crimini dei nazionalisti. Considerando che
dall'altra
parte della frontiera Enver Hoxa finanziava i gruppi paramilitari,
embrioni
del futuro Uck, il NYT non aveva remore nel descrivere la situazione. Va
ricordato che risale ad allora la coniazione del termine "stupro
etnico",
largamente usato dai kosovari albanesi ("comunisti", a quei tempi) per
"convincere" i serbi ad abbandonare terre e case. Binder tornò in Kosovo
nel 1987, e l'11 gennaio scrisse: "Gli albanesi nel governo locale hanno
dirottato fondi pubblici e modificato regolamenti per impadronirsi di
terre
appartenenti ai serbi, sono state attaccate chiese ortodosse, hanno
avvelenato pozzi e bruciato raccolti. Molti giovani albanesi sono stati
istigati dagli anziani a stuprare le ragazze serbe". Difficile definire
tutto questo "vittimismo serbo": gli archivi del NYT non sono stati
colpiti
da missili intelligenti e chiunque, magari nella sua prossima vacanza
nella
Grande Mela, può andare a verificare. Milosevic fu molto abile nello
sfruttare l'esasperazione della minoranza serba per raccogliere voti
(giurando alla folla che non avrebbe mai più subìto soprusi e violenze
dalla maggioranza albanese), ma non dovette faticare granché, vista la
serie di orrori praticati per anni con quotidiano accanimento dai
giovanotti che propugnavano la Grande Albania e ammiravano Enver Hocha.
Gli
stessi che anni dopo sventoleranno bandiere a stelle e strisce, con
notevole capacità di trasformismo politico.

Orfani del satrapo di Tirana, i nazionalisti specializzati in stupri e
saccheggi hanno trovato, un bel giorno, il più potente protettore che il
destino potesse loro riservare: George Tenet, direttore quarantaseienne
della CIA. Tenet viene da una famiglia albanese, sua madre fuggì "dal
comunismo" (quello di Hoxa) a bordo di un sommergibile inglese, e nel
luglio del '97 è diventato uno degli uomini più potenti del mondo per
volere di Clinton, che lo ha messo a capo della centrale di spionaggio
statunitense al termine di una carriera folgorante e con il compito di
ristrutturarla a fondo. Da allora, George Tenet ha lavorato in modo
assiduo
per gli ex connazionali. E ha individuato nel Kosovo il punto nevralgico
di
una strategia che con i nazionalismi non c'entra nulla, ma che riguarda
esclusivamente il controllo delle risorse energetiche e la
destabilizzazione dell'Unione Europea all'indomani del varo dell'Euro,
per
fiaccare sul nascere l'unica potenza economica in grado di impensierire
quella statunitense (prima o poi toccherà alla Cina, già "avvisata"
proprio
durante la guerra contro la Yugoslavia). Gli oleodotti e i gasdotti che
dalla Russia e dall'Iran - via Mar Nero-Romania-Serbia - avrebbero
potuto
rendere meno dipendenti i paesi dell'Europa mediterranea dai giacimenti
del
Mare del Nord (controllati da Gran Bretagna e Stati Uniti, il che spiega
esaurientemente l'atteggiamento di Blair al riguardo), sono tornati
lettera
morta. Washington considera il Caucaso parte della sfera di intervento
Usa
e Nato, e ha sostenuto la costruzione dell'oleodotto Baku-Supsa (in
Georgia) proprio per tagliare fuori la Russia diminuendone l'influenza
geopolitica nell'area: l'apertura è avvenuta dopo una serie di manovre
militari congiunte tra Azerbaigian, Ucraina e Georgia in un piano di
alleanze che comprende anche la Moldavia, collegata alla Nato tramite la
"Nato Partnership for Peace" (Orwell ci ha insegnato che non può mai
mancare la parola "pace" quando si tratta di scatenare guerre...).
Ma dal Vietnam in poi, è assodato che prima di far decollare i
bombardieri
occorre conquistare l'opinione pubblica, compito non certo difficile,
considerando la pressoché totale inesistenza di organi d'informazione
indipendenti in grado di incidere in profondità sulle coscienze (anche a
questo riguardo, si veda l'illuminante produzione di Noam Chomsky, in
particolare "Manifacturing Consent", "La fabbrica del consenso", scritto
in
collaborazione con Edward S. Herman). E così, è stato messo a capo
dell'Organizzazione per la Sicurezza e la Cooperazione in Europa (Osce)
il
famigerato William Walker (senza che nessun giornale si chiedesse perché
un
nordamericano dovesse mai comandare un organismo prettamente europeo).
Fatalmente omonimo dell'avventuriero che invase il Nicaragua nel 1855
per
conto della multinazionale Vanderbilt, Walker ha un curriculum degno del
compito assegnatogli. Entrato in "diplomazia" nel 1961, specialista di
questioni latinoamericane, iniziò la carriera come funzionario in Perù,
quindi assegnato al Dipartimento di Stato nell'ufficio per l'Argentina,
e a
Rio de Janeiro tra il '69 e il '72 durante la sanguinosa dittatura di
Garastazu Medici, la prima di un'assidua frequentazione di gorilla
genocidi
sud e centroamericani. Tra il '74 e il '77 Walker diresse la sezione
politica dell'ambasciata Usa in Salvador, ai tempi delle famigerate
formazioni paramilitari di "Orden", addestrate dalla CIA e dai Berretti
Verdi. Nell'82, con Reagan, lo spedirono in Honduras, paese strategico
in
funzione anti-Nicaragua sandinista, dove vennero dislocati i contras.
Lavorando in stretto contatto con il colonnello Oliver North, quello
dello
scandalo Iran-Contras per i fondi occulti al terrorismo antisandinista,
Walker ha frequentato a quei tempi persino Felix Rodriguez, istruttore
di
reparti speciali dal Vietnam all'America Latina, che interrogò Ernesto
Che
Guevara dopo la cattura a La Higuera e trasmise l'ordine di ucciderlo.
Nonostante il successivo scandalo dei fondi, con Walker che compare in
ben
13 passi del rapporto della commissione d'inchiesta, la sua stella non
sarebbe mai tramontata. Nel 1988 fu nominato ambasciatore in Salvador,
dove, l'anno seguente, in occasione dell'elezione di Alfredo Cristiani a
presidente, diede un party per festeggiarlo e invitò il maggiore Roberto
D'Aubuisson, organizzatore degli squadroni della morte e mandante, tra
gli
innumerevoli eccidi, anche dell'assassinio del vescovo Oscar Romero.
Quando
il 16 novembre del 1989 i militari salvadoregni fanno irruzione
nell'Università Centroamericana e massacrano i docenti gesuiti, Walker
dichiara di non avere nulla da dichiarare... Nel '92 ha lasciato il
Salvador per occuparsi di Croazia, e quindi del "Supremo" Tudjman,
campione
degli interessi Usa nei Balcani. Infine, è stato inviato in Kosovo, per
creare i presupposti di un conflitto a scopo preventivo che limitasse
una
futura espansione economica russa - e di conseguenza anche iraniana - e
permettesse agli Stati Uniti di costruire la più grande base militare
nei
Balcani - l'odierna Bondsteel, nei pressi di Orahovac - i cui lavori in
corso sono di tale portata da dimostrare che le truppe Usa resteranno lì
per secoli. Il pretesto all'intervento "umanitario" a suon di missili e
proiettili all'uranio lo avrebbe inventato il 15 gennaio 1999 a Racak.

Quello che sarebbe passato alla storia come il casus belli della "guerra
umanitaria", cioè la cosiddetta "strage di Racak", è ormai pienamente
provato che si trattò di una macabra, spudorata messinscena. L'inviato
del
"Figaro" Renaud Girard fu tra i primi a denunciare l'eccidio di 45
civili
albanesi, ma soltanto due giorni dopo pubblicò un secondo articolo
denunciando di essere stato "preso in giro dall'Uck" al pari degli altri
giornalisti. Poi, anche "Le Monde" e "Liberation" hanno smascherato
l'inganno, ma troppo tardi (e comunque, al di fuori della Francia non
hanno
riscosso alcuna eco). Girard si recò sul posto il 15, su invito delle
autorità serbe, in seguito a un attacco dell'Uck e a un contrattacco
della
polizia, con un bilancio di 15 combattenti albanesi uccisi. Sia i
giornalisti che gli osservatori dell'Osce non videro alcuna vittima
civile,
e il villaggio "appariva del tutto normale". L'indomani, Racak era
tornata
sotto il controllo dell'Uck, e i giornalisti furono portati a vedere il
massacro: 45 corpi che prima non c'erano, apparsi molto tempo dopo il
ritiro delle forze serbe. Girard pubblicò il 20 gennaio un dettagliato
resoconto dell'inganno subìto, dove, in pratica, erano stati mostrati
cadaveri di persone uccise lontano da Racak e trasportati lì per la
messinscena della strage: perché il giorno in cui sarebbe avvenuta,
nessuno
nel villaggio ne sapeva nulla? E perché Walker si era riunito per 45
minuti
con i capi militari dell'Uck proprio a Racak?. L'articolo mandò su tutte
le
furie i corrispondenti anglosassoni, che accusarono Girard di "uccidere
la
loro notizia"... Il mondo fece come gli osservatori dell'Osce: ignorò la
verità e giudicò sacrosanto l'inizio della guerra. Ottimo lavoro, mister
Walker.

Michel Chossudovsky, docente di economia presso l'Università di Ottawa,
Canada, è un profondo conoscitore delle guerre nei Balcani e ha dedicato
un
lungo studio sul cosiddetto "Esercito di Liberazione del Kosovo", Uck,
nel
quale vengono alla luce i legami con le organizzazioni mafiose di
Turchia,
Albania e Italia. Chossudovsky ha scritto a tale riguardo nel giugno del
1999: "Ricordate Oliver North e i contras? Lo schema in Kosovo è simile
ad
altre operazioni segrete della CIA in America Centrale, Haiti e
Afghanistan, dove "combattenti per la libertà" (freedom fighters) erano
finanziati tramite il
riciclaggio del denaro sporco proveniente dal narcotraffico.

Dalla fine della guerra fredda, i servizi segreti occidentali hanno
sviluppato
complesse relazioni con il traffico di narcotici. Caso dopo caso, il
denaro
ripulito dal sistema bancario internazionale ha finanziato operazioni
segrete. (...)
L'Albania è un punto chiave per il transito della via
balcanica della droga, che rifornisce l'Europa occidentale di eroina. Il
settantacinque per cento dell'eroina che entra in Europa occidentale
viene
dalla Turchia e una larga parte delle spedizioni di droga provenienti
dalla
Turchia passa dai Balcani. (...) Il traffico di droga e armi fu lasciato
prosperare nonostante la presenza, fin dal 1993, di un grande
contingente
di truppe nordamericane al confine albanese-macedone, con il mandato di
rafforzare l'embargo. L'Ovest ha finto di non vedere. I proventi del
traffico venivano usati per l'acquisto di armi e hanno consentito
all'Uck
di sviluppare rapidamente una forza di 30.000 uomini. In seguito, l'Uck
ha
acquisito armamenti più sofisticati, tra cui missili antiaerei e razzi
anticarro, oltre ad equipaggiamenti di sorveglianza elettronica che gli
permettono di ricevere informazioni via satellite dalla Nato sui
movimenti
dell'esercito yugoslavo. (...) Il destino del Kosovo era già stato
accuratamente disegnato prima degli accordi di Dayton del 1995. La Nato
aveva stipulato un insano "matrimonio di convenienza" con la mafia. I
freedom fighters furono piazzati sul posto, il traffico di droga
consentiva
a Washington e a Bonn di finanziare il conflitto in Kosovo con
l'obiettivo
finale di destabilizzare il governo di Belgrado e di ricolonizzare
completamente i Balcani: il risultato è la distruzione di un intero
paese".
La storia si ripete nonostante le diverse latitudini: mentre Washington
lancia "guerre sante" contro la droga - spesso per occultare interventi
controinsorgenti, come in Perù e in Colombia - usa i profitti del
narcotraffico per finanziare organizzazioni terroristiche destinate a
realizzare i suoi piani di destabilizzazione internazionale.
E nel frattempo, ha l'arroganza di concedere o negare "certificazioni" a
questo o a quell'altro paese... compreso il Messico.
Come ha giustamente dichiarato Carlos Fuentes in una recente intervista,
"Debería ser al revés: somos nosotros quienes debemos certificar o
descertificar a los estadunidenses y no ellos a nosotros".

Riaffermare che "la verità è la prima vittima di ogni guerra", appare
ormai
scontato, ma vale sempre la pena soffermarsi sugli esempi concreti, per
quanto sia la nostra una lotta di minuscoli Don Chisciotte contro mulini
a
vento globalizzanti. Tra le poche incrinature nella campagna di
disinformazione monolitica, vanno registrate le corrispondenze di Paul
Watson da Pristina, inviato del "Los Angeles Times", cioè di un organo
tutt'altro che critico nei confronti della guerra. Anche Watson,
rispetto
alla "strage di Racak", dapprima avalla la versione di Walker, ma in
seguito esprime gravi dubbi e intervista addirittura alcuni abitanti del
villaggio che confermano le deduzioni avanzate dagli inviati francesi.
Quando iniziano i bombardamenti, Watson si rifiuta di lasciare il Kosovo
e
assume la scomoda posizione di testimone diretto, affermando a più
riprese
che la Nato "sta colpendo soprattutto chi dice di voler salvare" e gli
obiettivi degli attacchi sono sempre civili inermi, senza distinzione
tra
profughi dell'una o dell'altra etnia. Ben presto lo sconcerto di Watson
si
trasforma in indignazione: il 17 aprile dichiara alla Cbc canadese che
la
Nato sta mentendo riguardo i presunti massacri di civili albanesi a
opera
dell'esercito serbo a Pristina, aggiungendo "Non posso essere d'accordo
con
i governi della Nato che stanno solo cercando di nascondere le loro
responsabilità per l'esodo dei profughi dal Kosovo. E' molto improbabile
che un esodo di tale entità sarebbe avvenuto se non fosse stato per i
bombardamenti". E il 20 giugno scrive: "Come unico corrispondente
statunitense in Kosovo per buona parte dei 78 giorni di bombardamenti
della
Nato sono passato attraverso una guerra di cui la prima vittima è stata,
come nella maggioranza dei conflitti, la verità. La Nato ha chiamato la
sua
devastante guerra aerea un "intervento umanitario", una battaglia tra il
bene e il male per fermare la pulizia etnica e far ritornare i kosovari
albanesi alle loro case. Ma vista dall'interno del Kosovo, questa guerra
non è mai apparsa così semplice e pura. E' sembrato piuttosto come aver
chiamato un idraulico per riparare una perdita ed averlo osservato
allagare
completamente la casa".
E' anche a causa della presenza di Watson (e di un fotoreporter della
Reuters) se la Nato ha dovuto ammettere il massacro del 14 aprile,
quando
oltre 80 profughi kosovari albanesi rimangono uccisi in ripetuti
attacchi
aerei (ben quattro incursioni a bassa quota, a distanza di tempo una
dall'altra, e non l'errore di un singolo pilota). Nelle ore successive,
i
telegiornali mostrano servizi nei quali diversi presunti "profughi
scampati
al bombardamento" giurano di aver riconosciuto le insegne di Belgrado
sui
velivoli responsabili della carneficina. Ma in seguito alle immagini
diffuse dall'inviato della Reuters e alle descrizioni inviate da Watson,
la
Nato ammetterà "il tragico errore". Resta solo da chiarire un punto: i
testimoni erano vittime di psicosi collettiva o avevano ricevuto
l'ordine
di dichiarare il falso? E' assolutamente impossibile confondere i colori
yugoslavi dalle insegne statunitensi che spiccano su ali e timoni di
coda.
Comunque fosse, rappresentano un esempio da tenere sempre bene in mente,
quando assistiamo a certe "accuse irrefutabili di testimoni oculari".

Qualche mese dopo la fine dell'intervento "umanitario", persino le tanto
sbandierate fosse comuni hanno subìto un drastico ridimensionamento.
Nessuno potrebbe mai negare la ferocia dei paramilitari serbi - fermo
restando, come ha affermato persino una funzionaria dell'Osce, che
questi
si sono scatenati dopo l'inizio degli attacchi Nato, e non prima, a
riprova
che l'incolumità dei kosovari albanesi è stata solo un pretesto per
altri
scopi - ma le famose foto satellitari di presunte sepolture di massa,
sono
risultate altrettante montature false a uso e consumo della propaganda.
Durante il conflitto la Nato ha diffuso la spaventosa cifra di 10.000
civili uccisi dai serbi: calata l'attenzione dei media, risulteranno
essere
circa duemila, dei quali la maggior parte combattenti dell'Uck, mandati
allo sbaraglio dai loro comandi per ottenere maggiori riconoscimenti sul
campo, e resta inoltre impossibile quantificare quanti civili albanesi
siano stati uccisi dall'Uck perché considerati "collaborazionisti". Il
17
ottobre 1999 la Fondazione Stratford, un centro di studi strategici di
Austin, Texas, ha emesso un approfondito rapporto in cui tra l'altro si
legge: "Nel caso che gli Stati Uniti e la Nato si fossero sbagliati
(sulla
cifra di 10.000 vittime) i governi dell'Alleanza che, come quello
italiano
e quello tedesco, hanno dovuto a suo tempo fronteggiare pesanti
critiche,
potrebbero venirsi a trovare in difficoltà. Ci saranno molte conseguenze
qualora risultasse che le dichiarazioni della Nato riguardo le atrocità
commesse dai serbi erano largamente false".
Sembra che il problema non sussista: è trascorso un anno senza la benché
minima "difficoltà" nel digerire e dimenticare qualsiasi falsità
ingoiata.
Poi, avremmo assistito a una capillare pulizia etnica, stavolta davvero
totale: a parte i serbi, anche turchi, montenegrini, croati, goran, rom
ed
ebrei hanno dovuto lasciare il Kosovo, cacciati a forza di stragi e
distruzioni sistematiche. Una pagina del tutto taciuta dall'informazione
globale è quella che riguarda il dramma della comunità ebraica di
Pristina.
Jared Israel, del Brecht Forum di New York, ha intervistato Cedda
Prlincevic, presidente della comunità, scampato al pogrom scatenatosi
con
l'ingresso della Kfor - cioè dei "liberatori" - e rifugiatosi prima in
Macedonia e quindi a Belgrado grazie all'aiuto di un amico israeliano,
Eliz
Viza, e del presidente della comunità ebraica di Skopje. Riportiamo
alcuni
stralci delle sue dichiarazioni.
"Sono successe cose orribili. Ma i serbi come popolo, come nazione
dall'inizio della loro storia fino a oggi non hanno commesso atrocità né
genocidi. Ci sono stati individui che hanno compiuto atti che non
avrebbero
dovuto compiere. Ma qualcuno sta sfruttando questo, lo sta esagerando:
il
popolo serbo non aveva problemi con gli albanesi del Kosovo. Si sono
aiutati a vicenda, specialmente nell'ultimo periodo. Ma appena sono
entrate
le truppe Kfor e il confine è stato aperto alla Macedonia e all'Albania,
sono arrivati moltissimi albanesi da fuori e si è creata un'enorme
confusione, con molte uccisioni. Durante i bombardamenti nei luoghi dove
viveva la gente comune non si sono verificati massacri commessi dalla
popolazione locale. Anzi, spesso erano gli stessi serbi a difendere gli
albanesi dalle milizie paramilitari. (...) Poi, con la ritirata
dell'esercito, c'erano gruppi paramilitari da entrambe le parti, allora
la
situazione è diventata sporca. Prima, non si verificavano eccidi. A
Pristina ci rifugiavamo in cantina insieme con gli albanesi. Tutti
insieme,
rom, serbi, turchi, albanesi, ebrei, tutti inquilini dello stesso
condominio. Stavamo tutti insieme. (...) Il pogrom è stato messo in atto
dagli albanesi stranieri. Loro parlano una lingua diversa. Un altro
dialetto. Non posso garantire al cento per cento che siano soltanto gli
albanesi d'Albania a farlo, ma non ho visto neppure un albanese di
Pristina
compiere una vendetta contro un vicino di casa. (...) Noi non siamo
stati
cacciati dagli albanesi di Pristina, ma da quelli venuti dall'Albania.
E'
la stessa gente che alcuni anni fa dimostrava in Albania e che stava
demolendo l'intero paese. Adesso, sono venuti in Kosovo. Nessuno li sta
fermando. La Kfor è lì, vede tutto e permette di fare ciò che hanno
fatto.
La popolazione si aspettava davvero protezione dalle truppe Kfor. Ma
invece
di difendere la popolazione, sono rimasti a guardare, e tra giugno e
luglio
almeno trecentomila abitanti non albanesi hanno dovuto lasciare il
Kosovo.
Persino molti kosovari albanesi hanno avuto grossi problemi, non solo
chi
era contrario al separatismo, ma persino chi si è limitato a non
sostenerlo".
C'è una domanda su cui Cedda Prlincevic sembra reticente, quasi
imbarazzato, tanto che Jared Israel gliela pone più volte: riguarda le
notizie della stampa sulle atrocità compiute dall'esercito yugoslavo
contro
gli albanesi durante i bombardamenti. Infine, il presidente della
comunità
ebraica dice:
"Anche se ne parlassi, nessuno ormai si fida più dei serbi. Persino se
affermassi che non è accaduto, nessuno crederebbe ai serbi. E se un
ebreo
di Pristina dicesse che questa accusa è falsa, sarebbe molto difficile
per
lui essere creduto."

La guerra in Kosovo ha colpito quasi esclusivamente i civili - si
calcola
che siano soltanto 13 (tredici!) i carri armati serbi distrutti dalla
Nato,
mentre oltre duemila i civili uccisi dai bombardamenti. Ma questo
bilancio,
per quanto spaventoso, è poca cosa al confronto delle conseguenze
terrificanti che si verificheranno negli anni a venire, e che colpiranno
le
future generazioni per decenni e forse per secoli. Perché la guerra
"umanitaria" in Kosovo non è stata assolutamente di tipo
"convenzionale",
cioè con l'uso di armi "previste" dalla Convenzione di Ginevra, bensì
chimico-nucleare. Infatti, come in Irak, anche contro la Serbia - e sul
territorio kosovaro, cioè quello che si diceva di voler "liberare" -
sono
stati impiegati proiettili e missili con testate all'uranio cosiddetto
"impoverito" (Depleted Uranium), ottenuti rifondendo le scorie delle
centrali nucleari. Solo di recente, in seguito a una precisa richiesta
dell'Onu, la Nato ha ammesso - il 7 febbraio 2000, in una breve lettera
del
segretario generale George Robertson a Kofi Annan - di aver lanciato
durante il conflitto almeno 31.000 (trentunomila) proiettili all'uranio,
senza però specificare che le ogive dei missili Tomahawk sono anch'esse
a
base di Depleted Uranium. Soltanto lungo la strada che collega Pec a
Prizren, dove attualmente sono dislocati i militari italiani della Kfor,
si
calcola in oltre dieci tonnellate il quantitativo di uranio lanciato sul
terreno. Per gli Stati Uniti, che si ritrovano con almeno 500.000
tonnellate di scorie radioattive da smaltire dalle proprie centrali
nucleari, il riciclaggio sotto forma di proiettili e testate di missili
è
un doppio business: si "distribuiscono" all'estero rifiuti altrimenti
costosissimi da stoccare e isolare, e si ottiene un'arma letale,
infinitamente più efficace delle munizioni convenzionali. Infatti, un
proiettile all'uranio, che pesa il doppio del piombo ma è estremamente
più
denso e duro, all'impatto con la corazza di un mezzo blindato brucia ad
altissima temperatura fondendo qualsiasi metallo, e incenerisce
all'istante
gli occupanti chiusi all'interno. Bruciando, l'uranio si trasforma in
finissime particelle di ossido radioattivo, che si spargono
nell'atmosfera
e quindi ricadono al suolo. Ogni particella inalata crea cellule
cancerogene nei polmoni e nel sangue, successivamente, sotto forma di
polvere impalpabile, penetra nelle falde acquifere ed entra nel ciclo
alimentare. E' stato calcolato che ogni missile Tomahawk con testata
all'uranio può causare in media 1620 casi di tumore nella popolazione
che
vive intorno al punto in cui è esploso. Un volontario di una ONG
italiana
ha prelevato nel gennaio di quest'anno un campione di terra nella città
di
Novi Sad e lo ha fatto analizzare al suo rientro in Italia: ne è
risultata
una radioattività da isotopo 238 - quello presente nel Depleted Uranium
a
uso bellico - addirittura 1000 (mille!) volte superiore al limite
considerato accettabile per gli esseri umani. Oggi sono ormai
novantamila i
veterani della guerra contro l'Irak del 1991 che, per l'esposizione alle
polveri di ossido di uranio provocate dal lancio di proiettili anticarro
e
missili antibunker, accusano sintomi riconducibili alla cosiddetta
"Sindrome del Golfo": molti sono già deceduti per leucemia, tumori
linfatici e polmonari, i loro figli sono nati con gravissime
malformazioni,
mentre un gran numero di sopravvissuti è costretto a un'esistenza
enormemente pregiudicata, con costanti dolori alle ossa, nausea,
vertigini
e stanchezza spossante. Dato che gli effetti per l'inalazione e
l'ingestione di ossido di uranio si manifestano nel medio e lungo
periodo,
tra qualche anno avremo un lungo elenco di militari della Kfor che
denunceranno i propri governi chiedendo un risarcimento (proprio in
questi
giorni si è diffusa la notizia dei primi due militari italiani morti di
leucemia dopo essere stati inviati in Bosnia, tra il novembre del '98 e
l'aprile del '99, in una zona contaminata da proiettili all'uranio). Ma
la
popolazione serba e kosovara, i bambini che nasceranno con gravissime
malformazioni, le madri condannate al cancro, gli operai delle fabbriche
distrutte che per primi hanno tentato di ricostruirle esponendosi alla
contaminazione, i contadini kosovari "liberati" che avranno ingerito
acqua
e cibi tossici a loro insaputa, tutte le vittime innocenti di questa
"guerra umanitaria", a chi chiederanno un risarcimento? E in quali
ospedali
potranno sperare di farsi curare, e con quali medicine, in un paese
devastato dalle bombe prima e stremato poi dall'embargo, o in un Kosovo
governato dalla mafia del narcotraffico?
Tutto questo, per vedere il regime di Milosevic più forte di un anno fa,
con le opposizioni progressiste delle città duramente colpite dai
bombardamenti a risultare le vere forze sconfitte e ridotte al silenzio.
Infine, l'Italia sopporterà il peso più oneroso tra i paesi che hanno
partecipato a questa sciagurata alleanza. Oltre all'inquinamento
ambientale
che ci colpirà nel lungo periodo - prima toccherà agli altri paesi
balcanici e alla Grecia, dove già si registrano impennate nei tassi di
radioattività - l'Adriatico è infestato di ordigni pericolosissimi, le
famigerate cluster-bombs a frammentazione, ufficialmente vietate dalla
Convenzione di Ginevra e successivamente da quella di Ottawa. Le
cluster-bombs sono micidiali ordigni che esplodono al contatto con il
terreno solo parzialmente, infatti si calcola che circa il 30 per cento
rimane inesploso ma attivo, pronto a deflagrare appena il singolo
cilindro
- poco più grande di due lattine di birra - viene rimosso. Decine di
migliaia, forse centinaia di migliaia di cluster-bombs (ogni singolo
contenitore a forma di serbatoio subalare ne racchiude circa duecento)
sono
state sganciate in mare dagli aerei della Nato al rientro dalle
missioni,
su preciso ordine dei comandi per "questioni di sicurezza" (evitando di
atterrare negli aeroporti con quel carico potenzialmente devastante).
Non
passa giorno senza che i pescatori del Veneto, della Romagna, delle
Marche,
della Puglia, di tutte le regioni costiere, ne segnalino la presenza tra
le
reti tirate in secco, e sono già diversi i feriti gravi per le
esplosioni
avvenute a bordo o poco distante dai pescherecci. E la Nato continua a
rifiutarsi di indicare con precisione i punti in cui sono state
sganciate.
In effetti, nelle migliaia di incursioni aeree effettuate, risulta ormai
impossibile stabilire dove e quante siano, le cluster-bombs finite sul
fondo del mare divenuto tra i più inquinati al mondo, nelle cui acque,
tra
l'altro, riposa ancora l'intero carico in bidoni di gas nervino di una
nave
statunitense affondata dai tedeschi nei pressi del porto di Bari
(ufficialmente non dovrebbe esistere, perché "ufficialmente" gli Alleati
non hanno usato gas nervino nella Seconda guerra mondiale...).
Forse, un giorno, nelle università dei nostri paesi, facoltà di Scienze
Politiche, si studierà l'inesplicabile, assurdo caso di un'Europa che
contribuì, nel lontano 1999, a destabilizzare se stessa e a condannare
intere generazioni ad affrontare la più subdola e pericolosa delle forme
di
inquinamento letale.

Pino Cacucci


--------- COORDINAMENTO ROMANO PER LA JUGOSLAVIA -----------
RIMSKI SAVEZ ZA JUGOSLAVIJU
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